quarta-feira, abril 05, 2006

Pontos de Luz

Viajo sobre terra e mar,
Sobre tudo o que me rodeia,
Por entre trevas e luz,
Pelo pequeno ponto de luz que sobressai.

Sendo que todos temos esse mesmo ponto,
Escondido nas profundezas da alma.
Li algures que quem amamos,
Tem esse mesmo ponto acima do ombro,
Que bom seria se o pudéssemos ver.

Mas nem sempre é assim tão fácil,
É preciso muitas vezes viajar,
Não só entre coninentes,
Mas por vários pontos de luz.

Pontos que nos iluminem na nossa caminhada,
Pela vida e pelo fado destinado.
A sentir por todos,
Como um caudal que se divide em vários.

Seguimos então por entre caminhos,
O que mais nos sobresai,
O que mais nos convém na hora,
Não sendo sempre o melhor,
Mas mesmo assim não podemos parar de viajar.

Quebrar fronteiras,
Deixar que nos iluminem o caminho,
Não por entidade superior,
Apenas por uma igual.

Riachos rapidos


Sigo correntes terrificas
De sol ensombradas,
Nas trevas cravejada.
Altamente despojada de altura
Ou mesmo de espessura,
Colide em mim como chuva caída.
Como lágrimas caidas de alguém tão belo,
Que me façam só por si chorar.

Olho para cima e procuro a magia de estar vivo,
De me conter em mim mesmo,
De proguedir para algo maior.
Para me sentir vivo.

Tento alcançar a vida alta,
Nos ventos contrários que me levam para longe,
Do sentido da razão,
Da compustura que devo ter,
Da simples razão de sobreviver.

Das correntes chego então então ao fim.
Paro esta perturbada viagem,
Completamente rebuscada,
Destituída de prazer,
No entanto necessária.

Era realmente preciso sentir as fortes correntes,
As rochas esbatidas em mim
E as ondas contundentes,
A seguir o seu rumo sem fim.

Precisava de me sentir vivo,
Para não continuar morto.